Os sistemas de produção de leite em confinamento estão presentes na pecuária leiteira brasileira de forma mais significativa desde a década de 1980. Eles foram desenvolvidos para propiciar alto nível de intensificação da produção, especialmente em regiões com menor disponibilidade de terras para a implantação de pastagens, onde a agricultura seja uma atividade bem estabelecida.

Uma alimentação adequada ao confinamento nos estágios de lactação de vacas leiteiras, garante melhores resultados na produção de leite, pois, de acordo com Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor do Curso Online de Produção de Leite em Confinamento, da Universidade Online de Viçosa, “O estágio de lactação afeta a produção e a composição do leite, o consumo de alimentos e as mudanças no peso vivo do animal.”

Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos em quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo, em função da produção de leite, pois esses animais ainda continuam em crescimento, com necessidades nutricionais bastante elevadas.

Durante a lactação, as vacas passam por três estágios. Um plano de alimentação para vacas nesses estágios deve considerar essas três fases da curva de lactação, pois as exigências nutricionais dos animais são distintas para cada um deles.

No terço inicial da lactação, deve-se fornecer volumoso de boa qualidade, com suplementação com concentrados e mistura mineral adequados. No terço médio, as vacas devem continuar ganhando peso, pois já recuperaram parte das reservas corporais gastas no início da lactação. No terço final, a alimentação deve ser regulada, para evitar que ganhem peso em excesso, mas que tenham alimento suficiente, principalmente na época seca do ano.


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por Renato Rodrigues