Com a alta das temperaturas e da umidade do ar, a condição que se criar é propícia para a multiplicação de carrapatos em bovinos, pois esses fatores facilitam a eclosão das larvas contidas nos ovos deixados por esses parasitas nas pastagens.

Essa infestação pode causar prejuízo aos produtores, pois o controle acarreta uma série de gastos com a construção de banheiros para aspersão de medicamento, com os próprios medicamentos, com os serviços que devem ser realizados e, também, com a redução da natalidade dos bovinos, interferindo, ainda, na carne e leite produzidos por eles.

O ataque desses parasitas também prejudica a saúde e bem-estar do animal. Podem transmitir doenças como a tristeza parasitária bovina (TPB), causada por microrganismos hemoparasitas. Com a TPB os bovinos passam a apresentar apatia, prostração, mucosas oculares pálidas ou amareladas, febre acima de 40ºC, desidratação e urina escura, podendo ter, também, a coordenação motora afetada.

Para controlar a infestação nas pastagens algumas medidas precisam ser tomadas. Com um acaricida que apresente mais de 90% de eficácia, realiza-se a aplicação no pasto na primavera, com intervalos de 21 dias até que a taxa seja de aproximadamente 20 carrapatos por animal, índice considerado baixo. É fundamental realizar a aplicação durante os dias secos para evitar que a chuva lave o medicamento.

O ciclo de desenvolvimento das fêmeas começa quando elas sugam o sangue do bovino e se soltam deles. Ao caírem no chão, elas realizam a postura dos ovos nas pastagens que, posteriormente originarão larvas que ficaram presas ao capim. Cada fêmea pode depositar até 3 mil ovos e a população só é reduzida durante o tempo seco e frio. Porém, por poderem suportar até 200 dias nas pastagens, o controle das larvas é dificultado.

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Fonte: Embrapa – embrapa.br


por Renato Rodrigues