Tratamento da mastite clínica deve ser direcionado ao agente patógeno

A doença, em sua forma clínica, precisa de um tratamento mais específico

Tratamento vaca

A criação de gado leiteiro é uma atividade importante para nosso país. Muitos produtores, com o manejo correto, conseguem lucrar com a comercialização do leite. Porém, algumas doenças podem acabam gerando prejuízos aos pecuaristas e precisam de cuidados precisos e rápidos para serem controladas, evitando que comprometam a qualidade de seus produtos e, consequentemente, gerem um prejuízo ainda maior.

José Renaldi Feitosa Brito, professor do Curso Online UOV Prevenção e Controle de Mastite, explica as consequências da mastite para o produtor: a mastite é a inflamação das glândulas mamárias, qualquer que seja a causa. Nos rebanhos, ela pode ser responsável por uma uma queda significativa na produção leiteira, além de provocar alterações físico-químicas no leite e, em casos mais graves, levar as vacas à morte.

A mastite é uma doença muito comum em vacas leiteiras, resultado de uma infecção nas glândulas mamárias, causada por microrganismos como fungos e bactérias. Pode se apresentar de duas formas: clínica, quando o animal apresenta sintomas físicos, como inchaço nas mamas, vermelhidão, presença de grumos e/ou pus no leite, entre outros; e subclínica, que pode passar despercebida por não apresentar sintomas físicos, produzindo alterações no leite que prejudicam a sua qualidade.

Controlar essa doença ainda é um problema para a maioria dos produtores, haja vista que, além do tratamento, também é preciso higiene para eliminá-la. Um dos cuidados mais importantes para controlar e eliminar a mastite do rebanho é diagnosticar a doença e monitorar constantemente o leite no tanque de expansão.

Grande parte dos produtores fazem uso de tratamento imediatos e inespecíficos para os casos de mastite clínica, utilizando antimicrobianos intramamários de amplo espectro, dado que, ao decidir tratar essa doença, não possuem informações sobre suas possíveis causas.

Isso acaba sendo responsável por 80% de todos os resíduos de drogas antimicrobianas que são detectadas pelos laticínios. Além desse problema, há outro risco atrelado a esse tipo de tratamento, que é o desenvolvimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos, o que produz ainda mais prejuízos econômicos, pelo fato de os animais necessitarem de mais tratamento e pelo leite ser descartado devido ao período de carência.

Os tratamentos direcionados, isto é, específicos para o agente causador da mastite clínica, têm potencial para serem uma ótima estratégia no uso responsável dos antibióticos, apresentando também a vantagem da viabilidade econômica por ser possível diminuir o uso desnecessário de antimicrobianos de amplo espectro, o que reduz também os efeitos negativos que esse tratamento pode causar, conforme mencionado acima.

Essa forma de tratamento solicita o uso de antibióticos apenas quando esse uso possa produzir benefícios. Mais além, com o diagnóstico do tipo de agente causador, é possível realizar um tratamento mais direto e “personalizado”.

Aproximadamente 30% dos casos de mastite clínica, ou até mais, possuem resultado de cultura microbiológica negativo, fato que tornaria injustificável o uso de antimicrobianos. Ainda, é possível observar que as chances de cura bacteriológica espontânea superam 80% quando não há uso de antimicrobianos, em casos de mastite clínica leve ou moderada e que sejam causadas por bactérias Gram-negativas, a exemplo da Escherichia coli.



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Fontes: Milk Point – milkpoint.com.br
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por Renato Rodrigues

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