Nova variedade de capim elefante garante vantagens na alimentação de ruminantes

A cultivar Canará apresenta níveis altos de proteína, além de garantir maior produtividade nos períodos de seca

O capim elefante é um dos mais utilizados como forrageira para a alimentação animal

A base da alimentação dos ruminantes é o capim. Essa fonte de alimento deve proporcionar além de saciedade, a quantidade de nutrientes necessária para o bom desenvolvimento dos animais. O capim elefante, forrageira amplamente utilizada no país, terá uma nova cultivar, a Canará, que promete trazer mais vantagens ao rebanho e aos produtores.

O capim elefante já tem mercado garantido com os produtores rurais. Com alto potencial de produção de biomassa, boa aceitação pelos animais e grande adaptabilidade a diferentes ecossistemas, essa tipo de gramínea vai receber ainda mais destaque com a cultivar Canará. Essa variedade apresenta como um dos principais ganhos a produtividade durante a seca, que chega a ser 20 a 30% superior que os outros cultivares desse capim.

A Canará apresenta também níveis proteicos superiores às outras variedades, sendo a quantidade desse nutriente de 6 a 12% maior do que a encontrada na cama. No período das cheias, a cultivar também apresenta bom desempenho. A produção de matéria verde vai de 70% a 80%, superando as vantagens dos outros capins-elefante.

“As gramíneas de hábito prostrado se prestam perfeitamente a atender o hábito de pastejo desses animais. Entretanto, temos observado também que gramíneas cespitosas, muitas vezes não recomendadas, têm sido bastante boas, como tanzânia, capim elefante e outras. O importante é o manejo. Se respeitarmos a altura de entrada e altura de saída para não prejudicarmos muito as plantas, o sucesso é absoluto”, explica o doutor em Zootecnia e professor do curso online de Criação de Ovinos de Corte da UOV, Edson Siqueira

A nova cultivar é originária de uma parceria entre Universidade Federal do Mato Grosso e Empaer-MT. O lançamento da variedade acontece em março de 2012, no campo experimental de Cárceres.

Por: Lorena Tolomelli

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