Tire sua dúvida: como corrigir cascos defeituosos de cavalos?

Em primeiro lugar, há a necessidade de avaliação por parte de um especialista a fim de detectar qual defeito afeta o casco do cavalo para, então, realizar os procedimentos necessários para saná-los

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Em primeiro lugar, há a necessidade de avaliação por parte de um especialista a fim de detectar qual defeito afeta o casco do cavalo para, então, realizar os procedimentos necessários para saná-los, afirma Orlando Marcelo Vedramini, Médico Veterinário pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Fisiopatologia da Reprodução Animal - Universite de Rennes I, France. Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Estão entre os principais tipos de defeitos de cascos:

I- Casco grande e largo


O ferrageamento desses cascos deve ter por objetivo reduzir o máximo possível a sua base de sustentação, facilitando os movimentos e evitando que o animal possa sofrer os acidentes de tropeço ou roçar. O casco deve ser bem aparado de aprumo, aplicadas ferraduras leves, cobertas, sem guarnição e com justura francesa.

II- Casco pequeno ou estreito


O ferrageamento tem o seguinte objetivo: ampliar a face plantar do pé, a fim de que o apoio seja mais estável; favorecer o crescimento e expansão do casco, deixando uma guarnição proporcional ao grau do defeito e dando uma inclinação para fora, na face superior da ferradura, proporcionando, ainda, maior apoio da sola e da ranilha, a fim do casco se dilatar suficientemente.

III- Cascos desiguais


É quando os cascos da frente ou de trás são diferentes entre si, na forma ou no volume. Quando o defeito é natural, deve-se ferrá-lo de acordo com a conformação, pois será prejudicial modificar a forma e o volume que naturalmente têm. Quando é adquirido, deve-se corrigir o casco deformado, igualando-o ao outro normal.

IV- Cascos planos


O defeito se caracteriza por falta de concavidade da sola. Esses cascos, ao mesmo tempo, podem ser largos e de talões baixos, estando expostos à compressão da sola e também a escorregamento acidentais. Nestes casos:
- aparar somente os quartos e pinça, respeitando os talões, sola, barras e ranilha.
- a ferradura será de espessura regular coberta para que proteja a sola, com justura conveniente para evitar contato com ela.
- deverá ter pouca guarnição nos ramos, ainda que de tacões largos, com o fim de aliviar o peso nos talões. O guarda casco deve ser bem incrustado na pinça.

V- Casco alto e baixo


Aparagem por igual, porém sem excesso. Ferradura leve, justura francesa. Renovar frequentemente a ferradura. No caso baixo, apara-se pouco e por igual. A ferradura deve ser coberta com guarnição e sem justura, se a concavidade da sola assim permitir.

VI- Cascos quebradiços


Deve ser usada uma ferradura leve, com algumas craveiras a mais, cravos de lâmina fina e, se necessário, mais de um guarda cascos. Tipos de ferradura “a caráter”. Reparação das fendas com guta-percha (grampos especiais para unir as partes do casco separadas).

VII- Casco alto ou de talões baixos


Quando a desproporção de altura entre as pinças e ombros é produzida por um mau ferrageamento ou por outras circunstâncias que afetem o casco e que não se relacionem com a direção da quartela, deve-se aparar o casco de forma que se restabeleça o aprumo longitudinal. Ou seja, a altura dos talões deve ser a metade da altura da pinça. Para isso, aparamos a pinça até chegar nesta medida. Usamos ferraduras comuns, porém, se os talões são altos devido a quartela ter pouca inclinação ou vice-versa, se os talões são baixos devido a quartela ter pouca inclinação ou vice-versa, se os talões são baixos devido a quartela ser demasiadamente inclinada, devemos ter em mente o seguinte princípio básico: deve-se dar à pinça a direção mais apropriada da quartela.

Usamos ferraduras em meia-lua ou de tacões delgados, para que o defeito não se acentue. No caso de talões baixos, devemos incrustar bem o guarda casco e dar guarnição nos talões que permitam a marcha normal dos animais.

Quando os talões são baixos, o animal fica predisposto a escorregar. Para evitar isso, é necessário que a ranilha participe do apoio e como na maioria dos cavalos com ferradura larga e de igual espessura, a ranilha não apoia sobre o solo, termos que empregar a ferradura coberta ou talonetes de borracha, deixando suficiente guarnição.

VIII- Pé topinho


Nos defeitos dessa classe, o eixo digital tem menor inclinação que o normal, resultando deslocamento para frente do centro de pressão. O ferrageamento, nesse caso, facilita o apoio de toda a face plantar do casco no solo, desloca o menos possível o centro de pressão para trás e aumenta em alguns casos sua base de sustentação. Isso tudo sem esquecer o princípio de que para o casco de talões altos, deve-se dar à pinça a direção mais aproximada da quartela.

A ferradura será um pouco mais grossa na pinça, por seu maior desgaste na guarnição nessa região. Deverá seu um pouco levantada para que, seu desgaste seja uniforme. Quando formos preparar o casco e não conseguirmos que os talões se apoiem no terreno, devem-se colocar rompões na ferradura, com altura suficiente para que toquem no solo.

IX- Pés divergentes zambros


Em consequência dessa inclinação, o centro de pressão se acha deslocado para o lado interno do casco, cuja parede se vê obrigada a suportar mais peso que normalmente suportaria, o que ocasiona a perda de solidez do casco, o afinamento da parede e não podendo resistir ao excesso de pressão, se abre dando lugar a uma fenda que se denomina quarto. Além disso, predispõe o talão interno a se estreitar e o ramo correspondente da ranilha a se atrofiar. O ferrador não dispõe senão de um recurso: guarnição da ferradura mediante a qual se amplia a face plantar do casco nas refiões que necessitam, ou seja, do lado interno.

X- Pé inclinado para fora ou estevado


Aplicam-se todas as regras para o caso anterior, com a diferença que a guarnição se dá para o lado externo.

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Por Silvana Teixeira.

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