"Para cada 250 ml de água de coco que se consome, um quilo de resíduo é produzido, ou seja, de casca"

Depois de uma corrida pelo parque, nada como uma água de coco bem geladinha para matar a sede e manter o corpo hidratado. O hábito não poderia ser mais saudável, mas tem uma contraindicação: a casca do coco.

Quem frequenta um dos parques mais movimentados da cidade, na zona sul de São Paulo, sabe bem disso. Para cada 250 ml de água de coco que se consome, um quilo de resíduo é produzido, ou seja, de casca. Só aqui no Parque do Ibirapuera são vendidas em média sete mil unidades de coco por semana, na época de calor. São sete mil e oitocentos quilos de casca.

Um material que leva de oito a doze anos para se decompor. Até quando é descartada em lugar apropriado a casca do coco também provoca problemas. Entrevista com Sônia Ferraz- Presidente do Ideal: Instituto de Desenvolvimento, Educação, Análise e Legislação " Quando ela vai para o aterro sanitário ela não faz uma boa compactação, ela deixa bolhas o que faz com que os aterros tenham uma idade menor do que deveriam ter. Ela (a casca) também junta muito inseto, tem o problema da dengue e outras doenças.”

Então o que fazer com a casca? A resposta é reciclar. O projeto "coco no parque", fruto de uma parceria entre a prefeitura e o ideal, uma organização da sociedade civil, começa a plantar um novo destino para as cascas da fruta.

Entrevista com Sônia Ferraz - Presidente do Ideal

"Nós estamos fazendo uma parceria com uma empresa e essa empresa vai reciclar o coco, através de máquinas que foram criadas pela Embrapa. Essas máquinas trituram o coco e dessa trituração saem dois produtos, subprodutos. É o substrato que vai ser utilizado como adubo e a fibra que nós vamos estar formando xaxim de coco."

As pessoas aprovam o projeto piloto que começa no Ibirapuera e, se der certo, pode se estender para outras áreas públicas da cidade! Dez coletores já foram instalados no parque (no ano de 2007). Agora, segundo quem administra o espaço, é só cada um fazer a sua parte.

Fonte: www.espacoecologiconoar.com.br/ TV Cultura - Repórter Eco
Por Equipe UOV de Redação.