Período seco das vacas é crucial na produção de colostro de qualidade

É preciso saber manejar as vacas no período seco, para que produzam colostro de qualidade para os bezerros

Bezerro mamando

Para garantir a saúde do animal, os bezerros recém-nascidos necessitam de uma série de cuidados. Em virtude do tipo de placenta da vaca, que impede a transferência de anticorpos para o feto, os bezerros nascem praticamente desprovidos de defesa contra os agentes causadores de doenças. O primeiro leite oferecido pela mãe à sua prole, o colostro, é essencial e vital, haja vista que é o responsável por transmitir os primeiros anticorpos do bezerro.

Porém, Oriel Farjado de Campos e Rosane Scatamburlo Lizieire Farjado, professores do Curso Online Bezerras de Raças Leiteiras – Do Nascimento ao Desaleitamento, da Universidade Online de ViçosaUOV, ponderam que “antes da produção do colostro, é importante submeter as vacas ao período seco, que, além de ser uma necessidade fisiológica desses animais, garantirá a qualidade do colostro e, consequentemente, a saúde do bezerro.".

O feto ganha metade de seu peso nos últimos três meses de gestação da vaca, quando a prioridade para a utilização dos nutrientes da dieta passar a ser o desenvolvimento normal da cria. A vaga gestante utiliza suas reservas, em benefício do feto, caso a dieta apresente alguma deficiência.

As vacas devem ser “secas” (ter a lactação interrompida) e conduzidas ao pasto-maternidade, 30 a 60 dias antes do parto previsto. Isso possibilitará o descanso da glândula mamária, a produção de colostro de alta qualidade e maior produção de leite na lactação seguinte.

No início do período seco, os animais podem ser alimentados com uma pastagem de boa qualidade, feno, silagem e/ou a combinação destes. No entanto, no final desse período, quando ocorre o maior desenvolvimento do feto, existe uma elevação da pressão interna nos órgãos digestivos, diminuindo, dessa forma, o espaço ocupado pelos alimentos. Esse fato, associado com a grande variação hormonal no período pré-parto, ou seja, um aumento nas concentrações sanguíneas de estrógeno e corticoides e uma queda nas concentrações de progesterona, reduz o consumo de matéria seca em até 30%, predispondo o animal a um balanço energético negativo; com isso, aumenta-se o catabolismo de gordura, elevando-se as concentrações de ácidos graxos não esterificados em 2 ou 3 vezes na circulação, estes, por sua vez, serão posteriormente acumulados no fígado, podendo causar problemas metabólicos e diminuindo a posterior produção leiteira.

Uma das medidas básicas a sem tomada é a elevação da densidade energética da dieta no final do período seco (aproximadamente 21 dias antes do parto), aumentando consequentemente a relação concentrado – volumoso, compensando, dessa forma, a redução no consumo dos alimentos.

O aumento do consumo de concentrado, além de adaptar os microrganismos do rúmen a uma dieta rica em amido, favorece o desenvolvimento das papilas ruminais, de 0,5 cm a 1,2 cm aproximadamente.

 

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por Renato Rodrigues

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