Em outros países, a presença de elementos com água nos jardins tem conotação filosófica e simbólica

Fontes, cascatas, espelhos-d’água, lagos. Em um projeto paisagístico, elementos que utilizam a água são muito presentes e dão um toque especial ao jardim. Podendo receber a decoração de plantas aquáticas, esses recursos contribuem embelezando e deixando o ambiente mais úmido e agradável.

O charme do espelho-d’água em meio a um jardim é incontestável. Além de proporcionar tranquilidade e leveza ao observador, o emprego da água possibilita ainda o uso de iluminações subaquáticas e adição de cascatas e estátuas, sem falar dos efeitos de reflexo de luz.

“A presença da água propicia variações visuais muito desejáveis na paisagem, como o reflexo das plantas e demais elementos do jardim e o brilho da luz solar, refletida de manhã ou ao entardecer”, afirma o engenheiro florestal e especialista em plantas ornamentais, Eduardo Silva.

Outra vantagem importante que o uso da água traz aos jardins é o aumento da umidade. Os espelhos-d’água mantêm o equilíbrio da umidade do ar, favorecendo ainda na manutenção de níveis satisfatórios de água presentes no solo. Assim, as plantas e demais formas de vida contidas no local tem assegurado esse líquido precioso para o desenvolvimento.

Em alguns países do extremo oriente, mediterrâneo e do norte da África, a água é usada ainda como umidificadora do ar em áreas cobertas de construções. Além de proporcionar todos esses benefícios, nesses locais, a água nos jardins representa uma importância que vai além das questões estéticas e naturais. 

“Nesses países, os espelhos-d’água têm ainda uma conotação filosófica e simbólica de purificação e harmonização do ambiente e das pessoas”, explica Silva, que também é professor do curso de Jardins: Planejamento Implantação e Manutenção da UOV – Universidade Online de Viçosa.

Por: Lorena Tolomelli