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A pecuária orgânica de leite também deve ser conduzida com atenção quanto ao ambiente de criação, ou seja, os locais onde os animais serão alojados ou passarão parte do tempo de manejo. “A primeira premissa básica é a de que todos os animais devem preferencialmente ser criados de forma livre, não sendo permitido nenhum tipo de retenção permanente como gaiolas, galpões, estábulos, correntes cordas ou qualquer outra forma de restringir a movimentação dos animais”, afirma Luana Barros, Gestora de Agronegócio. Empresária em atividades agropecuárias nas Fazendas Natureza de Batatais-SP e Naviraí-MS. Pesquisadora de estratégias de trabalho sustentáveis certificadas pelo IBD (Instituto Biodinâmico). Coordenadora do Projeto Sistema Orgânico de Produção do Zebu Leiteiro, da FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba.

A ambiência é outro elemento que merece atenção no sistema orgânico, principalmente sob a ótica da qualidade de vida para o rebanho. O ambiente de criação deve dispor de áreas suficientes para que os animais se movimentem sem restrição, possam ter contato social com os demais animais e possam descansar com conforto. Outro aspecto relacionado ao conforto animal é a importância da introdução e manutenção de árvores na pastagem, que vai cumprir uma função ecossistêmica e propiciar sombreamento.

"Outro aspecto importante que deve ser considerado é densidade animal, ou seja, a quantidade de animais por área de pastagem. A densidade máxima para ruminantes, em área externa, deve ser de 500 m2/100 kg de peso vivo. Em caso de utilização de instalações para alojamento dos animais, a densidade é de 6 m²/animal, sendo indispensável que as instalações disponham de condições de temperatura, umidade, iluminação e ventilação adequadas, estabelecidas para garantir o bem-estar do rebanho", finaliza Luana.

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Por Silvana Teixeira.