Saiba as vantagens do manejo nutricional de cavalos

O objetivo principal será sempre torná-los fortes, precoces e versáteis

Cavalo se alimentando

A história da relação dos homens com os cavalos é muito antiga, datando de milhares de anos. Atualmente, a mão de obra equina não é mais usada na mesma intensidade, mas o relacionamento perdura, quiçá mais forte, uma vez que o animal, progressivamente, tem deixado de ser visto como ferramenta laboral e se tornado um companheiro fiel para o lazer e esporte.

Independente dos motivos para a criação dos cavalos, o objetivo principal será sempre torná-los fortes, precoces e versáteis, sendo que, para isso, a alimentação tem papel fundamental no desenvolvimento da espécie desde o feto até a vida adulta. A indústria de nutrição animal tem avançado muito nas pesquisas e conseguido levar ao mercado produtos de extrema qualidade para variados fins, mas é preciso que o criador esteja capacitado o suficiente para estabelecer o manejo alimentar correto e adequado.

Os cavalos são animais mamíferos do gênero Equus biologicamente adaptados para a ingestão exclusiva de vegetais, ou seja, são herbívoros. Ao contrário dos bovinos, são monogástricos, característica que define procedimentos nutricionais específicos, tais como oferecer pastagens nativas ou determinadas espécies forrageiras como a base da alimentação. “Os equinos são herbívoros, animais que se alimentam de pasto, cuja qualidade deve ser extrema para oferecer saúde, lembrando que ainda é o alimento de menor custo. Animais criados a campo em pastagens de boa qualidade precisam somente de receber uma suplementação mineral; já os estabulados precisam de suplementação mineral, volumosos de alta qualidade, como fenos de alfafa e tifton, e um complemento com rações concentradas, além de não esquecendo que toda a dieta deve ser acompanhada por um profissional da área”, acrescenta Orlando Marcelo Vendramini, professor do Curso Online Alimentação de Cavalos da Universidade Online de Viçosa.

Quando em habitat natural, percebemos que o cavalo permanece pastando durante boa parte do seu dia, o que reforça ainda mais a importância da criação a campo com disponibilidade suficiente de pastagem. Ademais, o fornecimento de água de qualidade em abundância também é importante, pois a necessidade hídrica diária dos cavalos é muito alta.  

 

Sugestões de nutrição e manejo

Forragens:

A escolha da espécie forrageira deve ser feita considerando-se os aspectos de clima, solo, palatabilidade, produção de massa e densidade nutricional. Gramíneas do gênero Cynodon, tais como tifton 85 e Coast Cross, são boas alternativas de espécies perenes de verão, ao passo que, como forrageiras de inverno, destacam-se, por sua vez, o azevém em consórcio com leguminosas, como o trevo, cornichão e ervilhaca.      

Reprodutoras: 

As éguas reprodutoras devem ser mantidas permanentemente a campo e divididas em grupos, de modo que os aspectos relacionados à fase reprodutiva, escore corporal e comportamento individual sejam respeitados.

Concentrados devem ser oferecidos apenas no terço final da gestação e no primeiro trimestre da lactação em proporção de 1% do peso vivo na gestação e 1.5% na lactação. Os teores proteicos e energéticos fornecidos nessas fases deverão ser de  14% e 16% de PB (proteína bruta) e entre 2800Kcal e 3200Kcal por kg de produto, respectivamente. Minerais e vitaminas também deverão ser adequados de acordo com o requerimento destas fases.                                                      

Potros:

A partir do primeiro trimestre de vida, a produção de leite da égua diminui, sendo preciso iniciar a suplementação com concentrado, a qual deve apresentar 18% PB e 3000kcal por kg de produto, além dos níveis adequados de minerais e vitaminas. O fornecimento de ração deve ser, preferencialmente, em sistemas de creep feeding e/ou lanchonete e fracionado em três refeições, as quais fornecem 1.5% a 2% do peso vivo.

No desmame, que deve ser realizado entre o quinto e sexto mês após o nascimento, os potros devem receber suplementação em proporções de 1.5% do peso vivo, sendo o concentrado de 16% a 18% PB e 2900 Kcal  a 3000 kcal por Kg de produto além dos minerais e vitaminas adequados exigidos para esta fase. Essa sugestão é para os animais em desmame até um ano, pois, a partir disso, os teores nutricionais variam conforme a disponibilidade e qualidade das forragens.

A formulação do concentrado fornecido no primeiro trimestre é a mesma que deve continuar até o primeiro ano do potro ser completo. A partir disso, os teores de proteína e energia devem diminuir e ser oferecidos dessa forma até os 18 meses.

 

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Fonte: Trajano Silve - trajanosilva.com.br

Por Bruna Falcone Zauza

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